viernes, 14 de septiembre de 2012

SONETO RURAL


l

À precipitação do amanhecer
rural retiro à flauta o som mais puro
de quem, já acostumado com o escuro,
absorto fica vendo o sol nascer.

Caprino olho tecido em bem-querer,
preexistente nas coisas que procuro
pastoreando sonhos: amargo ver
desencontrado olhar longe do muro.

Recolho pastoral envelhecida
ao som da flauta (pastoral da vida)
armado de silêncio e panorama.

Ela se perde verde no horizonte,
como ovelha de luz ou como fonte
onde lavo meu sonho. E se derrama.


Florisvaldo Mattos Uruçuca, Brasil - 1932

poesia.net -www.algumapoesia.com.br -Carlos Machado, 2012
Publicado en la revista Isla Negra 322

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