sábado, 23 de mayo de 2020

OH EU SINGELO


Oh eu singelo, oh rio em mim ignoto
oh fogo eterno que ardes sempre em mim
oh meu início, oh meu fim tão remoto
oh oração secreta e meu jardim.

Oh catedral, oh brilho intenso assim

oh fonte de água e bosque tão devoto,
oh ar que eu sou e que serei por fim
o verdadeiro eu, a real foto.

És madrugada, a hora, essa ferida
doce que está, a força em mim serena
que tudo dá, a voz una e querida.

E é na luz que sou que crio a vida
sem nada mais querer que estar apenas
um ser feliz por ser, sem mais medida.

FÁTIMA NASCIMENTO

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