Oh eu singelo, oh rio em mim ignoto
oh fogo eterno que ardes sempre em mim
oh meu início, oh meu fim tão remoto
oh oração secreta e meu jardim.
Oh catedral, oh brilho intenso assim
oh fonte de água e bosque tão devoto,
oh ar que eu sou e que serei por fim
o verdadeiro eu, a real foto.
És madrugada, a hora, essa ferida
doce que está, a força em mim serena
que tudo dá, a voz una e querida.
E é na luz que sou que crio a vida
sem nada mais querer que estar apenas
um ser feliz por ser, sem mais medida.
FÁTIMA NASCIMENTO
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