miércoles, 31 de marzo de 2021

CAMINHAR / CAMINAR

 

CAMINHAR 

Saio de poncho chapéu, sigo só, 

em linhas curvas.

Nas laterais dos trens, ouço seu

apito como um grito  

Caminho em passos lentos, onde 

vou, encontro de quem?

Pulo seus dormentes, brincadeira 

infantil tento equilíbrio 

Perambulação que atazana meu

melancólico coração .

Inercia de vida, linhas duras como

as do trem 

Linhas de ferro, em declínio com

pedregulhos  

Encruzilhada, para sul ou norte, 

leste oeste. Dilema 

Quem puxa a alavanca, o destino ?

Eu incerta vagando 

Meus vagões lotados, de incertezas,

tristezas, paixões perdidas

Sigo o trem, penumbra, de uma linha 

paralela solitária   

 CAMINAR

 Me voy con poncho con gorro, sigo solo,

 en líneas curvas.

 A los lados de los trenes, escucho tu

 silbar como un grito

 Camino a pasos lentos, donde

 a quien voy a encontrar

 Salta a tus durmientes, bromea

 infantil trato de equilibrar

 Vagando por esa mina atazana

 corazón melancólico.

 Inercia de la vida, líneas duras como

 los del tren

 Líneas ferroviarias, en declive con

 cantos rodados

 Cruce de caminos, pare al sur o al norte,

 este oeste.  Dilema

 ¿Quién tira de la palanca, el destino?

 Yo inseguro vagando

 Mis carros llenos de incertidumbres

 dolores, pasiones perdidas

 Sigo el tren, crepúsculo, en una línea

 paralelo solitario.

Paula Cristina Conceição -Portugal- 

No hay comentarios:

Publicar un comentario