Estendo a mão e toco o silêncio que és nessa ausência forçada de ti. Perdido na memória estéril dos dias, apagas os olhos cansados do desconhecido. Cada dia tento perceber em que parte da memória te refugias, que personagem encarnas, em que fase da tua vida te perdes... Os rostos confundidos criam a realidade do que foste algures no percurso da vida. E vejo os olhos apagar teu rosto sempre que destruo a esperança acesa de momentos. A vida não é feita de realidades sonhadas? Por que tenho essa necessidade de te chamar à verdade do momento? Será essa necessidade que tenho de ti que me faz chamar a tua essência de ser a um presente sempre quase desconhecido? Porque não embarco contigo nessa viagem desconhecida para mim como faço quando me imagino novamente a ser menina?
Fátima Nascimento
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