Ausências tuas
Cansam-me os dias
Estas ausências tuas
Esta melancolia
... dias estranhos, onde nem o sabiá canta
E também não se houve o canto de Maria.
E ainda há o sumiço dos teus olhares
Estes teus olhares que pousam sabe-se lá onde...
... Os ventos trazem-me histórias tristes
E ainda que os mares marulhem
E eu adore ver as ondas brincarem nos corais
São teus olhos que desejo fitar,
ainda que apenas mais uma vez,
e neles me perder,
e me achar,
e de novo me perder, e achar, e de nada mais saber!
Porque sobrevivo de versos
Versos que teço pra ti
Para tuas cheganças e tuas idas.
Porque tão obscuro é o caminho, meu bem...
E em ti percebi o brilho dos luares
O faiscar dos pirilampos
E da beleza que neles há.
Para ti sorri meu riso mais sincero
Contei- te meus segredos mais sagrados
E dos murmúrios dos ventos
Das angústias dos tempos
Teci versos de amor,
de paixão e frescor...
Mas também poemas sem rimas
Infelizes, amargos ao paladar do leitor.
Porque isso é poesia.
É a palavra que excita, exalta, inebria.
Mas também é dor, é pústula na carne, é sangria.
... É tudo o que precisamos ser um dia,
e o que seremos, se preciso for.
Mas sinto ausências tuas...
TUS AUSENCIAS
los dias me cansan
estas ausencias tuyas
esta melancolía
... días extraños, donde hasta el tordo canta
Y tampoco María cantaba.
Y aun queda la desaparición de tus ojos
Estos ojos tuyos esa tierra quién sabe dónde ...
... Los vientos me traen historias tristes
Y aunque los mares rugen
Y me encanta ver las olas jugar en los corales
Son tus ojos los que quiero mirar
aunque solo sea una vez más,
y en ellos me pierdes,
y encuéntrame,
y perderme de nuevo, y encontrar, ¡y no saber nada más!
porque sobrevivo en versos
versos te tejo
Para sus llegadas y sus salidas.
Porque el camino es tan oscuro, querida ...
Y en ti vi el resplandor de la luz de la luna
La chispa de las luciérnagas
Y la belleza en ellos.
A ti sonríe mi mas sincera risa
Te dije mis secretos mas sagrados
Y los murmullos de los vientos
de la angustia de los tiempos
Hice versos de amor,
de pasión y frescura ...
Pero también poemas sin rima
Infeliz, amargo al paladar del lector
Paulacristina Conceicao
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