lunes, 10 de agosto de 2020

APELO PELO QUERER DO AMADO

  

Dói-me a ternura que não me ofereces

Tanta indiferença, para que meu bem?

Se por ti fui longe e irei sempre além

Preterindo-me assim me enlouqueces!

Não suporto teus olhares longe dos meus

Tuas mãos ausentes da minha pele nua

Quisera apenas pertencer-te, ser tua

Mas me negas o calor dos braços teus!

E quando a madrugada desce pela colina

Me contorço entre lençóis frios de algodão

Porque nega-me assim, amor, teu coração?

Entrega-te aos meus apelos e o farei pleno

De um enlevo que exultará todo o teu querer

Apenas não te ausentes mais do meu viver.

PAULA Cristina Conceição -Portugal- 

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