Dói-me a ternura que não me ofereces
Tanta indiferença, para que meu bem?
Se por ti fui longe e irei sempre além
Preterindo-me assim me enlouqueces!
Não suporto teus olhares longe dos meus
Tuas mãos ausentes da minha pele nua
Quisera apenas pertencer-te, ser tua
Mas me negas o calor dos braços teus!
E quando a madrugada desce pela colina
Me contorço entre lençóis frios de algodão
Porque nega-me assim, amor, teu coração?
Entrega-te aos meus apelos e o farei pleno
De um enlevo que exultará todo o teu querer
Apenas não te ausentes mais do meu viver.
PAULA Cristina Conceição -Portugal-
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