jueves, 12 de noviembre de 2020

ESTA TAL FELICIDADE

 

Sim, proclamo a tal esperança, uma loucura

Um desatino desta minha mente conturbada

Visto que cá dentro, nada basta e tudo é nada

Doença de quem muito ama e não há cura!


Ainda sonho dias de beijos cheios de ternura

Não somente o desejo cru, lascívia e luxúria

Que profana a carne, sangra a alma em penúria

Mas o amor sublime, que toca, acaricia e perdura.


Quando enfim, a borboleta voltar ao jardim

E o abraço for aconchego, embalando os sonhos

Ideal de tarde de paz e alegria pra mim…


Eis a causa pela qual ainda me atenho à vida

Estas esperanças loucas, estes olhares risonhos

Uma tal felicidade doida, que ainda não foi parida!


Paula Cristina Conceição -Portugal-

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