Sem bramidos e nem contestações.
Com o espírito bem-dormido,
fui buscar revol’unção em
um Deus que há tanto esqueci.
Estou bom menino, seguro de mim.
A roupa engomada,
sem óculos escuros,
conservador e linear.
Abandonei o notívago,
para ser útil ao sistema.
É preciso não fazer poemas,
Retirar-se da vida ao poente,
Acreditar no Onipotente,
Dormir e acordar na hora certa,
cumprir sempre a meta.
O café expresso, o rush,
a multidão em marcha logo cedo;
conformo-me com a voz das ruas:
“é assim mesmo, é assim mesmo”.
Júlio Olivar
Publicado en la revista Archivos del Sur
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