CAMINHAR
Saio de poncho chapéu, sigo só,
em linhas curvas.
Nas laterais dos trens, ouço seu
apito como um grito
Caminho em passos lentos, onde
vou, encontro de quem?
Pulo seus dormentes, brincadeira
infantil tento equilíbrio
Perambulação que atazana meu
melancólico coração .
Inercia de vida, linhas duras como
as do trem
Linhas de ferro, em declínio com
pedregulhos
Encruzilhada, para sul ou norte,
leste oeste. Dilema
Quem puxa a alavanca, o destino ?
Eu incerta vagando
Meus vagões lotados, de incertezas,
tristezas, paixões perdidas
Sigo o trem, penumbra, de uma linha
paralela solitária
CAMINAR
Me voy con poncho con gorro, sigo solo,
en líneas curvas.
A los lados de los trenes, escucho tu
silbar como un grito
Camino a pasos lentos, donde
a quien voy a encontrar
Salta a tus durmientes, bromea
infantil trato de equilibrar
Vagando por esa mina atazana
corazón melancólico.
Inercia de la vida, líneas duras como
los del tren
Líneas ferroviarias, en declive con
cantos rodados
Cruce de caminos, pare al sur o al norte,
este oeste. Dilema
¿Quién tira de la palanca, el destino?
Yo inseguro vagando
Mis carros llenos de incertidumbres
dolores, pasiones perdidas
Sigo el tren, crepúsculo, en una línea
paralelo solitario.
Paula Cristina Conceição -Portugal-
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